terça-feira, 12 de agosto de 2008

Canais pagos em HD serão cobrados

Em debate sobre conteúdos em alta definição, que aconteceu nesta segunda-feira, 11, na ABTA 2008, foi divulgado que, embora os canais em alta definição sejam oferecidos sem custo adicional aos assinantes de TV paga neste primeiro momento, este modelo pode não durar muito na televisão por assinatura.
Segundo João Mesquita, diretor do Telecine, a conta para o operador é sempre maior do que para o programador e, no futuro, deve ser recompensada. "No caso do Globosat HD, o grande investimento foi da Net", disse.
Ele torce ainda para que outros canais surjam em breve, para que a oferta de pacotes em alta definição possa se viabilizar. "Espero que venham mais canais HD, porque, por enquanto, só há gastos", afirmou. Ele confirmou os planos de ter um canal em HD em breve, mas disse que é um investimento que está sendo feito porque o momento exige.
"Se fosse só pela nossa vontade, acho que poderíamos esperar mais um pouco para ter canais em HD no Brasil, mas quem decide é o mercado", disse. Ele lembra também que canais em qualidade tradicionais precisam continuar recebendo investimentos, porque este é o principal negócio dos programadores hoje.
Para Gustavo Grossmann León, da HBO, o modelo de negócios mais simples é aquele no qual o assinante paga para ter um conteúdo premium. Neste momento, porém, a HBO ainda oferece um sinal com quatro horas de primetime em alta definição sem cobrar a mais por isso. "Hoje não há custo maior para o operador, mas, mais pra frente, ele será cobrado", disse.
Quem também acredita neste modelo é o diretor de marketing da Sky, Marcelo Miranda. "Uma das certezas é que o conteúdo HD será pago, com pacotes em alta definição". Questionado sobre quem pagaria por esse tipo de serviço, ele diz que aposta nos chamados "early adopters", que estão presentes em todos os serviços.
Para Humberto Candil, diretor do BandNews, os programadores precisam começar a trabalhar desde já com a perspectiva de que a alta definição será uma realidade. "Não dá para esperar que esse investimento se pague imediatamente. É uma realidade que precisa ser encarada já pelos programadores".

Aplicativo de US$ 1 mil para iPhone causa revolta

Quando a Apple anunciou em março que abriria o iPhone a programadores externos de software, prometeu que os aplicativos resultantes ajudariam a criar recursos "espantosos" e "inovadores" que ajudariam a transformar o conceito do celular inteligente.
Na semana passada, foi lançado um aplicativo que transforma o iPhone em um megafone que proclama "I am rich" (eu sou rico). Trata-se do nome de um programa que pode ser baixado e não promete nada mais do que sinalizar ao mundo que seu comprador tem dinheiro suficiente para pagar US$ 1 mil para baixar a imagem de um rubi multifacetado.
Criado pelo programador alemão Armin Heinrich, o software foi desenvolvido basicamente como piada. "Descobri que alguns usuários se queixavam dos preços de aplicativos para iPhone superiores a US$ 0,99", disse Heinrich. "Para mim, era uma forma de arte. Não imaginava que muita gente viesse a comprar, e que surgisse tanto barulho a respeito".
O valor de um bem de consumo dirigido ao mercado de luxo, afinal, é raramente determinado pelo custo das matérias-primas e fabricação, e sim pela percepção de exclusividade que ele gera.
Mas aparentemente o humor desapareceu com a tradução. De acordo com reportagem do Los Angeles Times, oito pessoas compraram o aplicativo, o que valeu US$ 5,6 mil ao criador, dada sua participação de 70% nos lucros. (O resto fica para a Apple.)
Heinrich foi bombardeado por mensagens de e-mail e telefone, "muitas delas insultuosas", segundo ele. "Não me incomodo em devolver o dinheiro. Não queria prejudicar ninguém com meu aplicativo".
A Apple se recusou a comentar, mas no passado havia afirmado que nenhum aplicativo é colocado à venda sem que a empresa o aprove.
Há também um sistema para que o usuário teste um aplicativo antes de comprá-lo, um recurso que poderia ter reduzido ainda mais as vendas do "I am Rich" - talvez para zero.

'Pele eletrônica' para robôs


Pesquisadores da Universidade de Tóquio, no Japão, desenvolveram uma “pele robótica”. A novidade, chamada de e-skin, contém nanotubos de carbono e permitirá que robôs identifiquem o calor e pressão dos objetos, como fazem os humanos. Segundo os especialistas envolvidos no projeto, o material vence limitações dos metais, que conduzem eletricidade, mas não esticam, e da borracha, que não conduz eletricidade de maneira eficiente. Não há previsão para uso comercial da novidade.